quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

JET - DEMOCRACIA E JUVENTUDE

A democracia, regime que assegura a oportunidade para todos, garantindo e estimulando a potencialidade dos que se demonstram mais capazes, tem na juventude seu núcleo central. No entanto, o privativismo e o coletivismo, modelos de sociedade democrática, só dão vez ao jovem que consegue aceitar as regras pré-determinadas, o que entra em choque com seus próprios valores. O adulto pode até confessar-se impotente para reverter um panorama social, mas o jovem costuma desviar-se das normas preconizadas, não pelo simples instinto de contradição ou pela vontade de renegar o estabelecido, mas, freqüentemente, pelo prazer de sustentar um ideal. Ele passa, então, a medir forças com o poder, ainda que não tenha um projeto alternativo, de forma consciente, para apresentar.
PRECONCEITO
Normalmente o preconceito é causado pela ignorância, isto é, o não conhecimento do outro que é diferente. O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência. Estas atitudes vem acompanhadas por teorias justificativas. O racismo e o etnocentrismo defendem e praticam a superioridade de povos e raças.
O preconceito pode ser motivado pelo medo. Falta a coragem de ir conhecer um terreiro do candomblé, de visitar um doente com aids. O medo da lepra tem uma história milenar.
um erro achar que a religiosidade, o folclore e toda a cultura popular não devem mudar e que precisam ser protegidas e conservadas em seu estado original e puro. Pensando bem, a cultura do pobre é sua vida. A cultura e a religiosidade popular são dinâmicas e mudam constantemente. O protagonista da mudança é o próprio povo livre, consciente e resistente.
MEDO

O medo é uma sensação real, e pode ser um amigo ou um inimigo do homem. É normal que, diante dos perigos reais da existência, a primeira reação seja o medo, pois em seu aspecto normal, saudável, ele nos preserva dos perigos, nos alerta para as ameaças e, diante deste sentimento, pode-se agir ou fugir. Dependendo do contexto, tanto um quanto o outro pode ser positivo, tudo depende dos limites de cada ser.

Todos enfrentam medos os mais diversos em determinados momentos da vida – da morte, de doenças, da violência, de um acidente, da velhice, entre outros. Ele surge, às vezes do nada, outras vezes de uma forma crescente, na mente das pessoas, e pode tanto estimular ações construtivas quanto se tornar uma sombra ameaçadora, quando assume o aspecto do pânico, tomando conta da consciência e impedindo qualquer ação ou reação, paralisando as pessoas. Nestes casos, é necessário procurar um tratamento, para que se possa vencer este monstro devorador, antes de ser completamente dominado por ele, principalmente na esfera dos pensamentos, pois em seu grau extremo ele impede o funcionamento da Razão.
O CORPO

Academias de ginástica, clínicas de emagrecimento, cirurgia plástica, moda, televisão, internet... No mundo contemporâneo, impera a regra do ver e do ser visto. Nesse contexto, homens e mulheres não querem apenas viver mais, e sim ter, aparentar, manter um corpo jovem, "saudável".
Hoje, a vaidade praticamente se tornou uma obrigação civilizada (e civilizadora), que atinge até mesmo as crianças. Antigamente, o homem podia ser desleixado com o corpo e ao mesmo tempo ser vaidoso da sua moral e do seu intelecto.
Neste ensaio, o filósofo Paulo Ghiraldelli Jr. reflete sobre os movimentos histórico-filosóficos dos últimos séculos para mostrar como reinventamos nossa relação com o corpo - isto é, de que maneira, na transição da era moderna para o mundo contemporâneo, nossa identidade se deslocou da mente para o corpo.
Segundo o autor, "tudo indica que o indivíduo não tem mais a identidade associada à consciência enquanto arcabouço de grandes ideários, e sim ao corpo. Isto é, o indivíduo associa seu eu a apenas um ideário, bastante limitado, atrelado à noção de corpo. Por que um ideário limitado? Porque o corpo diz tudo que tem para dizer como peça visual - como 'tipo'".
Para examinar essa tese e explicar fenômenos cujas ramificações atingem nossa vida social, econômica e cultural, Ghiraldelli revisa suas idéias a respeito do tema e se abre para uma perspectiva mais otimista, contribuindo para que estudantes e profissionais de diversas áreas, como filosofia, sociologia, pedagogia e comunicação, ampliem seu conhecimento.